quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

QUANTAS SAUDADES!!!!!!!!!!




Eh eh eh eh oh, eh eh eh eh eh, vóz do Brasil (NÃO FALHA). Eita 30/12/2010, 19:00 horas em ponto, horário de Brasília, escuto isso desde criança, desde que nasci, e graças a DEUS com bons ouvidos...


Esta musica me faz lembrar, de tempos muito passados, como aquele poema de Casemiro de Abreu,
Meus oito Anos (apenas um trechinho) era assim:
Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!


Eram idos dos anos 50 para 60, nesta mesma hora ouvia-se a voz do Brasil e sentíamos o cheiro dos chiqueiros, o cheiro da terra molhada, pois os japoneses que eram nossos vizinhos, haviam acabado de regar os alfaces, os armerondes (era assim que falavam)os almeirões, a salsinha a cebolinha, enfim... Fomos uns dos primeiros a ter televisão em casa (em nossa rua), claro os 1ºs foram a família dos Secundino Dominguez, a família do Seu Rodolpho Sorst, depois a dona Iracema, depois meu pai, que comprou uma TV Colorado RQ, linda, em madeira clara, a mesinha combinado, sofá verde escuro em tecido, era tudo lindo, me lembro que era 1960, minha mãe tinha a nota fiscal até bem pouco tempo...


Hoje estou aqui de frente para meu computador, onde posso escrever, trabalhar, assistir TV, ver um DVD, escutar musicas de um pen drive, ou ver vídeos direto do You Tube, o que será que aquele japonesinho que plantava “armerondes”, curvadinho, passava o dia arrancando ervas daninhas da terra...diria dos dias de hoje. Olho, com pesar para o passado, pois apesar de tantos sofrimentos, eu tinha muitos sonhos...e acreditava que eles iriam se realizar...alguns foram realizados, outros não, e alguns creio que jamais serão...vejo minha parentela partindo desta terra, uns com câncer, outros de ataques fulminantes do coração, outros que fumaram demais, o pulmão secou e enfim...vamos caminhando nesta estrada, onde o final todos sabemos como termina, só não sabemos onde está o nosso atalho...Vejo fotos do passado e nela reconheço rostos de pessoas que um dia foram nossos amigos, e as vezes por uma palavra mal falada ou um olhar torto, lá se foi a amizade, quanta besteira, quanta perda de tempo, há pouco tempo houve um rompimento de amizade por causa de um adjetivo, olha só o adjetivo: “religioso”, chamei a pessoa na brincadeira de religiosa, creio que esta deveria ser a terceira vez, só que neste dia a pessoa estava do avesso, ela queria cortar aquele Elo de Amizade, que hoje ao meu ver só existia em mim, aí paro e penso...que vantagem uma de nós levou? Nenhuma mais uma amizade desfeita...
Ai que saudades que tenho da aurora da minha vida! Da minha infância perdida, onde o japonesinho plantava “armeronde”, eu sempre ia comprar um macinho para a salada do jantar...